quinta-feira, 10 de abril de 2014

Review The Elder Scrolls Online

Review The Elder Scrolls Online

The Elder Scrolls Online foi lançado para Windows e Mac após algum tempo em produção. O MMO situado no mundo do famoso RPG que fez fama nos computadores e consoles vem para levar seus fãs a um universo totalmente online e com muito o que fazer. Há diversas semelhanças com os títulos da saga e isso pode ser, ao mesmo tempo, ruim e bom. Leia nossa análise completa e entenda um pouco mais sobre o que te espera:
The Elder Scrolls Online (Foto: Divulgação)The Elder Scrolls Online (Foto: Divulgação)
De volta a Tamriel
Tamriel é novamente o cenário da aventura neste novo The Elder Scrolls. O continente é o nosso mundo para ser explorado e está bem representado, com detalhes mínimos. A história se desenvolve com base em lendas presentes no panteão da saga, com direito a nomes famosos que são citados e lembrados.
Após um breve período de paz, a terra de Tamriel é novamente ameaçada por forças das trevas que despertaram e trouxeram um inverno ainda mais gelado aos seus habitantes. Uma explosão arcana ocorreu em Imperial City e despertou demônios e outras criaturas malignas, que mataram alguns dos mais poderosos magos e deixaram outros loucos.
The Elder Scrolls Online (Foto: Divulgação)The Elder Scrolls Online (Foto: Divulgação)
No meio deste caos, três diferentes facções juram proteger Imperial City das ameaças, ainda que não concordem com tudo o que a outra faz entre si, o que acaba gerando mais conflitos com o tempo. O personagem do jogador, no início, é apenas “mais um”, mas sua forma de evolução pode ajudar a mudar o mundo, graças às profecias que estão sempre presentes em cenários épicos.
A personalização de seu herói é vasta, com muitas opções sobre o que montar e com muito controle sobre sua aparência. Cada raça possui um visual próprio e temos a possibilidade de configurar cor de pele, cabelo, olhos e por aí vai. No geral, dá para ficar alguns bons minutos neste criador inicial – algo raro em muitos MMORPGs da atualidade.
The Elder Scrolls Online (Foto: Divulgação)The Elder Scrolls Online (Foto: Divulgação)
O jogador começa como um prisioneiro, o que é comum na série The Elder Scrolls, e precisa construir seu personagem com base nas raças disponíveis, entre elas os Breton, Altmer, Dunmer, Redguard, Argonia, entre outras, cada uma com sua base de aliança própria, entre as três facções presentes – Daggerfall Covenant, Ebonheart Pact e Aldmeri Dominion.
O mais interessante da história é que ela se passa cerca de mil antes dos eventos de Skyrim, ou 800 anos antes de The Elder Scrolls 4: Oblivion. Muito do que se viu nestes jogos sequer sonhava em aparecer por aqui, ou assim pensávamos.
Se sentindo em casa
The Elder Scrolls Online carrega o sentimento de ser um verdadeiro jogo da série. Sua jogabilidade em primeira pessoa é característica, mas há a possibilidade de alternamos para a câmera em terceira pessoa, que está um pouquinho melhor do que era nos outros jogos, bem configurada e posicionada em relação à visão do jogador.
The Elder Scrolls Online (Foto: Divulgação)The Elder Scrolls Online (Foto: Divulgação)
Os comandos podem parecer estranhos no início, com muitas teclas de confirmar espalhadas pelo teclado, o que possivelmente deixou a compatibilidade com um controle padrão inviável, ainda que uma versão para consoles esteja nos planos futuros. Contudo, eles fazem sentido com o tempo, já que são bem similares ao que se viu durante o desenvolvimento da série, em seus outros capítulos lançados.
Atacar e se defender ainda funciona bem ao clique do mouse, e isso é bom, já que mantém também aquele sentimento de total controle sobre as ações de seu personagem durante os combates. Você sabe exatamente em que momento defender ou atacar – isso, é claro, dependendo de seu nível de técnica nos embates e também da classe, já que muitas são baseadas em magia, e não em ataques físicos.
The Elder Scrolls Online (Foto: Divulgação)The Elder Scrolls Online (Foto: Divulgação)
The Elder Scrolls Online mantém ainda o realismo em termos de equipamentos, com limites para que o jogador carregue itens e utensílios que podem ser coletados para a criação de armas e armaduras. O sistema de criação merece aplausos à parte, já que é bem complexo e extremamente detalhado em alguns pontos. É possível gastar horas de jogo somente coletando itens em missões paralelas para criar aquela espada gigantesca para seu guerreiro ou um item de proteção mágico que vai te deixar bem mais preparado para batalhas.
Liberdade, liberdade
The Elder Scrolls Online também preza pela liberdade, como é costumo nos games da saga. O jogador pode fazer o que bem entender – seja realizar uma missão qualquer, coletar itens livremente, eliminar monstros em determinado mapa ou simplesmente ficar vivendo em uma vila de forma pacífica. O jogo te dá tanta liberdade de escolha que, na verdade, qualquer classe de personagem pode utilizar qualquer arma presente na aventura. Não há limitações! Um mago, por exemplo, pode lutar com uma espada de duas mãos, se bem entender, para resolver aquela missão complicada que resolveu fazer.
The Elder Scrolls Online (Foto: Divulgação)The Elder Scrolls Online (Foto: Divulgação)
Por falar em missões, elas estão “meio a meio”. Explicamos: elas se parecem com missões típicas de MMO (colete isso, colete aquilo), mas ao mesmo tempo também possuem características marcantes de qualquer outro Elder Scrolls (“elimine o cultista que está raptando mulheres nas montanhas”, por exemplo). Esse meio termo ficou bem adequado ao atual cenário, ainda que jogadores mais “hardcore” possam estranhar as tarefas mais corriqueiras e casuais.
Além de tudo isso, ainda temos a presença de um modo PvP, ou seja, de jogador contra jogador, mas que pode ser um pouco decepcionante. Acontece que o PvP ocorre dentro de uma cidade gigante, onde as três facções do jogo estão em guerra, e o jogador acaba se metendo no conflito. O problema é que este cenário é de completo caos e você não vai ter tempo para parar e respirar nem um pouco. É magia voando para todo o lado, golpes saindo do chão e por aí vai. Ao mesmo tempo que é interessante ver algo assim, tão diferente, em um MMO, também é um pouco frustrante.
Gráficos… não tão épicos assim
O game nos pareceu bonito, rodando em PCs mais modestos, mas basta instalá-lo em uma máquina mais potente e configurar seus gráficos para o máximo e ver que ele não tem muito a oferecer. Em geral o seu visual é bem genérico e pouco inspirado. Os personagens, principalmente os NPCs, controlados pelo computador, parecem ser todos os mesmos, e os cenários não passam um ar muito criativo.
The Elder Scrolls Online (Foto: Divulgação)The Elder Scrolls Online (Foto: Divulgação)
Não nos entenda mal, sabemos que é padrão um MMO não ter gráficos extremamente detalhados ou de última geração, mas o trabalho feito em The Elder Scrolls Online não lembra nem mesmo o que é visto em Skyrim, que era bonito, mas já é um jogo da geração passada. Contudo, muitos não devem reclamar disso, já que o conteúdo acaba compensando.
Felizmente o som está em boa qualidade, com elenco estelar e famoso de outros jogos presente na dublagem – como Jennifer Hale, a “Comandante Shepard” de Mass Effect -, e uma trilha sonora impecável.
Mas e o preço?
The Elder Scrolls Online tem um sistema polêmico. Ele custa cerca de US$ 30 (ou R$ 65 em uma conversão direta, sem impostos) em sua compra inicial, que dá direito a 30 dias de aventuras para o jogador. Após isso, é preciso assinar US$ 15 por mês para continuar jogando. A pergunta que nos fica pendente é: vale a pena?
The Elder Scrolls Online (Foto: Divulgação)The Elder Scrolls Online (Foto: Divulgação)
Como você deve ter percebido em nossa análise, o jogo se parece muitíssimo com outros games da saga Elder Scrolls, principalmente Skyrim e Oblivion em segundo lugar. Não há um diferencial concreto sobre o que ele pode ter para prender jogadores, mesmo aqueles que são muito fãs da saga. Além de ter um visual um pouco genérico, sua jogabilidade geral e sistemas lembram bastante os títulos anteriores, o que pode ser um problema.
A impressão que fica é que a Bethesda resolveu lançar um “Elder Scrolls com assinatura”, como se fosse um game para um jogador, mas cobrando mensalmente por isso. Tudo por conta da falta de originalidade na inserção de elementos de MMORPGs. Existem grupos, guildas de personagens e o PvP, mas nenhum destes sistemas é tão bem desenvolvido a ponto de justificar que o game seja apenas multiplayer.
The Elder Scrolls Online (Foto: Divulgação)The Elder Scrolls Online (Foto: Divulgação)
É claro que você pode apenas comprar The Elder Scrolls Online e aproveitar uma boa parte de seu conteúdo em 30 dias, tempo mais do que suficiente para terminar um Skyrim, por exemplo, mas vai ser um pouco difícil justificar que o fã continue pagando mensalmente, a não ser que novas e relevantes atualizações surjam com frequência.
Conclusão
The Elder Scrolls Online pode ser uma faca de dois gumes. O jogo é divertido na medida certa e tem muitos bons elementos, como a disponibilidade de muitas raças, liberdade, combates épicos e muito das lendas deste rico cenário. Mas, por outro lado, além dos gráficos fracos, ele também possui poucas surpresas, inovações ou atrativos que façam um jogador continuar assinando seu serviço após o mês inicial. Quem aproveitou assiduamente os títulos anteriores da saga não deve encontrar nada muito diferente aqui – e isso é bom e ruim ao mesmo tempo.

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